Há exatos oito anos eu encerrava o que foi uma das melhores fases da minha vida. Foi ali, naquela salinha do 1M, onde aprendi a ser jornalista. Foi ali que conheci as pessoas mais queridas que têm estado ao meu lado –mesmo que longe– nos momentos bons e nos ruins também. Amigos que carregarei para o resto da minha vida.
E como ando bastante saudosista, encontrei o texto do depoimento que escrevi para o site do Banco de Talentos dos Focas do Estadão. Oito anos depois continuo achando que sim, valeu muito a pena.
Essa era eu, em 8 de dezembro de 2006:
“Escrever sobre tudo o que aconteceu durante o curso não é fácil. Nos últimos três meses a minha vida virou de cabeça para baixo e, com certeza, nunca mais será a mesma. Ainda bem.
Desde que decidi ser jornalista, sempre quis trabalhar em jornal. No entanto, no meio de 2006 já estava no meu último ano de faculdade e as chances de conseguir um estágio em um veículo de grande circulação eram mínimas.
Quando as inscrições para o 17º. Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado foram abertas, vi aí uma oportunidade. No início, o número de inscritos – 3.164 – me assustou, mas não foi motivo para desanimar. No dia 6 de agosto fui fazer a prova e, semanas depois fui chamada para a entrevista com o coordenador do curso, Francisco Ornellas. No dia seguinte, tive a resposta positiva. Larguei um emprego que amava e no dia 4 de setembro lá estava eu, na sala dos ‘focas’, junto com mais 29 pessoas, vindas dos mais variados Estados brasileiros.
Em três meses de curso aprendi muito sobre tudo. Política, Economia, Filosofia e, claro, texto. Texto, texto, texto! Conselhos valiosos sobre a simplicidade ao escrever, o cuidado com a escolha das palavras e a atenção ao ritmo das frases foram apenas alguns dos ensinamentos. Também aprendemos a importância de “saber mirar” e tomamos consciência de que “Deus está nos detalhes”.
Durante três meses, 30 pessoas diferentes aprenderam a conviver em harmonia, sempre com espírito de grupo e camaradagem. Passamos madrugadas em claro, discutimos, conversamos e nos ajudamos. Saio do curso melhor do que entrei e com a certeza de que valeu a pena.”