Rússia: primeiras impressões

Não completei nem 24 horas de Rússia, mas nunca um país me impressionou tanto e tão rápido.

Abaixo, algumas das minhas primeiras impressões de Moscou, onde ficarei os próximos cinco dias:

. No avião, assim como em alguns voos no Brasil, os passageiros foram à loucura na aterrissagem, aplaudindo o piloto como se fosse uma surpresa ele ter conduzido a aeronave sem problemas.

. A imigração –sempre um ponto de tensão para mim– foi uma das mais tranquilas pelas quais já passei. Não me perguntaram absolutamente nada e mal olharam na minha cara. Quem dera se em outros países também fosse assim.

. Ninguém no aeroporto falava inglês. Nem as pessoas do balcão de informações. Dureza.

. Acabei pegando um táxi do aeroporto de Vnukovo até o centro de Moscou, onde estou hospedada. Foi só ter um pouco de trânsito que o taxista desviou para o acostamento e seguiu o caminho por ali mesmo.

. Já disse que ninguém fala inglês?!

. Antes de vir para cá, pedi para algumas amigas russas ensinarem um vocabulário básico em russo –“oi”, “desculpa”, “eu gosto to Putin” etc.– para conseguir pelo menos a simpatia pelo meu esforço. Até agora todas as vezes que arrisquei um “spaciba” (obrigada), as pessoas me olharam com uma cara de “OI?!”.

. Falando em Putin –ou Vova, como os locais chamam o presidente russo–, ele é rei aqui. Ele empresta o rosto para camisetas, postais e livros. Um grupo de estilistas locais fez até uma linha de “camisetas patriotas” e eu fiquei mais de uma hora em uma fila para comprar uma. A que eu escolhi tem a estampa do Putin acompanhado do chanceler Sergei Lavrov e exalta o papel dos dois na consolidação da Mãe Rússia como uma potência mundial. Apenas.

. Tudo aqui é grandioso. As construções são majestosas. Chega a ser assustador.

. Descobri que meu nome escrito em cirílico é bem ~daora~ —> Рената Миранда.